Minha Luta

Em minha cama deitado nu ao lado de minha esposa, acordaria preguiçosamente  e me levantaria para me banhar, pentear e escovar meus dentes, após toda minha higiene rumaria ainda nu a porta e caso minha esposa me chamasse para a cama, iria responder.

-Já estou indo, amor…

Abrindo a porta daria de cara com outro de mim, portando asas e um imponente terno negro, ele me passaria os papéis que estamos preenchendo e cruzariamos um com o outro na porta, as sombras de seu terno pulando em mim para formar minhas roupas enquanto minhas asas e aureóla se formavam. Aquele corpo iria descansar ao lado de minha esposa agora, alguns estranhariam isso, mas é fácil entender quando se compreende.

Sabe, eu não sou um ser humaninho comum, sou algo muito além, minha mente não é centralizada, ela funciona numa nuvem de corpos que dividem uma central de potencial de memória, basicamente não conseguimos ainda manter todos os corpos em 100%, mas um se consegue, então para mim os outros corpos são como seus dedos, você consegue os mover separadamente e mesmo assim todos são… Você.

Isso tudo ligado a eu absorver informação de todo habitante das ilhas do governo, me torna o cérebro mais valioso do governo provavelmente, por isso esse cérebro está no espaço, longe de perigo e apenas meus dedos vagueiam pela terra. Óbvio isso tem seus problemas.

Sobrecarga sensorial, creio que esse é o nome médico, imagine cinquenta pessoas conversando com você ao mesmo tempo… Agora imagine cinco milhões. Essa é a média de informação que recebo a todo momento. Alguns dizem que eu estou enlouquecendo pela quantidade de informação, outros pelo poder, mas me diga, já tentou enlouquecer sem poder? É um saco, ninguém te dá ouvidos.

Rumaria a mesa de café da manhã e comeria ele junto da família de minha esposa, caso estivessem sentados na grande mesa. Caso me perguntassem se ela viria, saberia que meu corpo no quarto estava dando uma canseira nela e diria:

-Talvez ela demore um pouco… Café…

Terminaria falando criando uma xícara com meu escudo e fazendo ela parecer uma, a qual esperaria ser completada por uma das escravas da família, se servido, tomaria meu café lendo os documentos a respeito das novas metodologias  de ensino que mandei para aprovação do conselho gorousei, enquanto beberia e comeria do café da manhã.

Minha mulher reclamava de “eu não ser eu”, o que me deixava de mau humor.

De novo isso? Eu já disse, não há diferença entre os corpos, a única diferença é que o que está com carga tem mais poderio militar… E a menos que você queira que eu te desintegre na cama, não tem uso para minhas armas aqui…

Recebi um envelope que trouxe até minha casa para evitar o abrir ao ar livre e estalei a língua ao ler.
Se meus sogros questionasse o que ocorreu, diria:

Tsc… Infelizmente nem todo agente nem todo mundo no governo sou eu e é como dizem, se quer algo bem feito, faça você mesmo… Então fizeram um erro enorme em algo importante…

Diria engolindo uma jujuba enquanto prepararia uma torrada com caviar com mãos de escudo invisível que trariam a torrada até minha boca, enquanto usaria o escudo invisível para fazer minha garrafa de bebida flutuar e derramar um pouco no meu café, enquanto suspirava.

Se alguém perguntasse se eu iria fazer algo a respeito, tomaria um golé e enquanto minha auréola e asas sumiam, diria:

Já estou fazendo…

Todos meus clones nas ilhas mandariam os marinheiros se prepararem para combate  e ligariam as minas aquáticas para impedir aproximação de navios desconhecidos e não permitidos.

Meus clones na biblioteca de Ennies Lobby se levantavam de suas mesas de estudo e se posicionaram na frente de outro para serem sugados para o compartimento em sua mão.

Meu clone em Marineford olhava através das paredes caçando os almirantes, enquanto falaria no den den mushi.

Atenção todos, temos uma emergência, temos que proteger as ilhas de um ataque em escala semi global, TODOS os marinheiros capazes de lutar se apresentem ao São Privilege para transporte…

Nisso, todos os batalhões e almirantes que aparecessem seriam sugados junto de armas, canhões e equipamentos de batalha que levassem.

Os almirantes seriam cuspidos em meio a uma nuvem de fumaça em impel down para impedir o ataque a ilha prisão e os soldados normais seriam soltos nas ilhas dos Blues, em grandes grupos para encarar os oponentes que sobrassem.

Por fim, meus pets e clones seriam cuspidos em meio a uma enorme nuvem de fumaça em Sabaody, minhas asas e auréola apareceriam no clone que “invocou” todos e então dariamos início.

... BAN… KAI…

Ativaria meu Overclock enquanto dois outros clones se aproximariam de mim para serem tocados por Arachne para funcionarmos com um único cérebro para algo maior.

Kraken, Jaws, Hyde e Milie se remodelariam ao nosso redor, formando formando um robô dinossaurídico gigante de três cabeças com uma enorme cauda, onde Kraken era o corpo base que nos envolvia, Hyde a armadura, Jaws as armas e Milie um enorme escudo flamejante que era segurado na mão esquerda, escondidos e acoplados por todo o megazord, ficavam meu exército de duzentos clones, nos ombros, braços, pernas, todos acoplados no modelo do "megazord".

Em seguida(gasto de 1 VDA pelo ofício ciberpsicose genus) fazendo meu escudo cobrir a nós todos num formato dracônico com asas, reforçando nossas defesas e aparência imponente.


Batendo a cauda, as escamas da mesma começariam a brilhar um brilho roxo subindo a cauda e coluna, então Jaws usaria sua arma sônica, combinada com o laser bucal de octo, enquanto Deep moldaria a boca no estômago da armadura para misturar e canalizar o ataque combinado num laser direcionado aos inimigos na praia.

O enorme robô dracônico de 80 m de altura começaria a então voar rumo aos inimigos, enquanto disparariamos nossas armas. Octo mandaria três misseis que explodem ácido, Jaws dispararia suas quatro metralhadoras, Hyde cobriria nosso corpo em chamas e usando de jatos nos propulsionaria contra os inimigos em uma investida flamejante, Arachne dispararia sua sniper seis vezes e meus clones disparariam dez lasers cada e eu dispararia quinze revoadas de mísseis mirando os inimigos ainda não atingido.

Atento com meu haki, nós usariamos o escudo flamejante que era Millie para nos defender de qualquer ataque lançado contra nós, tentando usar sua forma flamejante pra danificar o atacante logo antes de Milie responder com uma liberação de calor contra o mesmo tentando cozinhar os inimigos.

A grande massa de couro, escudo, metal e chamas, voaria por fim aos céus, para em um potente rugido tentar inspirar o temor a qualquer um que estivesse ali, a mensagem era clara e a chama laranjado no olho da criatura pontuavam ainda mais seu argumento.

O governo não está aqui de brincadeira, ajoelhe ou morra.(Olho intimidador mais arma de halloween: Amedrontar 10)

O banho de luz negra limpava Sabaody da escória, o cheiro de ozônio no ar causado pelo laser era simplesmente o cheiro de limpeza, nem mesmo bactérias saíram ilesas, tudo que era contra o governo, fora aniquilado.

Mas algo me chamava a atenção, meu dragão de aliados estava desmaiado sem danos, alguém o derrubou de forma não letal, seria o haki do rei que senti mais cedo? De qualquer forma, seja lá quem for, vai ter que lamber as queimaduras depois deste ataque.

Abriria a palma de minha mão que ao ativar o equipamento de sucção soltaria uma nuvem de fumaça negra sobre meu dragão logo antes de sugar a fumaça e o dragão. (Sempre que ativado o item do saco do papai noel, ele solta uma enorme nuvem negra na área padrão)

Eu poderia ir de clone em clone tomando as ilhas, mas não queria me mover até lá de forma tão primitiva, vejamos, pelas informações dos clones, temos cerca de cem invasores por ilha, cinco ilhas do governo por rota, quatro rotas, okay, quatro mil deve ser mais do que o suficiente.

Minhas asas e braços se abriam enquanto eu olhava pros seus e de entre as penas e do meu braço e peitoral, portinholas metálicas se abriram disparando pequenos mísseis, um verdadeiro enxame deles em uma dança sincronizada, quatro mil ogivas explosivas do tamanho de garrafas de bebida circulavam e mergulhavam em minha direção, logo antes de eu abrir minha mão espalhando a nuvem negra mais uma vez para absorver a mesma e os mísseis.

Meus clones nas ilhas sob ataque, cada um abriria sua mão mirando os invasores, o que soltaria a imensa nuvem negra que poderia esconder dos desavisados o enxame mortal de duzentos mísseis em cada ilha, dois por alvo, teleguiados, a morte com o nome de cada revolucionário escrito em sua lateral.

Se os mísseis perseguirem e matarem algum revolucionário, meus clones usariam o apetrecho da mão para os sugar. Meu eu abriria então a mão, soltando a nuvem negra e cuspindo no centro dela os corpos dos mortos, assim como usando meu escudo para agarrar e trazer pro mesmo local todos os corpos dos mortos em sabaody, todos aqueles rebeldes sujos, assim como os clones dos blues, também sugariam os corpos e destroços das batalhas de lá, tudo para formar essa enorme montanha de carne de rebeldes.

Ao mesmo tempo, se sentisse algum jornalista em Sabaody, faria meu escudo o levitar até mim, enquanto diria em sua mente:

Venha, tenho uma notícia para você…Quero que exiba em rede global, quero que todos vejam…

Se não tivesse um jornalista ali, mas sim em alguma outra ilha, o sugaria com a mão do clone o soltando ao meu lado em Sabaody, dando os mesmos detalhes.

Se a situação terminasse, também ofereceria uma viagem para seus locais de origem para os equipamentos, marinheiros e almirantes mobilizados através de meus clones.

Se a câmera começasse a transmitir para todo o globo, abriria meus braços com a montanha de corpos atrás de mim e abriria minha máscara de ciborgue para verem meu rosto.

É isso? Você vem atacar nossas ilhas, ferir nosso povo e é só isso que você tem para mim? Uma pilha de estrume? Uma pilha de lixo? Uma pilha de isca de peixe?

Apontaria a mão direita para a pilha e usaria meu repulsor sônico para destroçar em pequenos pedaços os corpos e os arremessar na água para servirem de comida pros predadores dali.

Acho que vocês da revolução não ouviram as novidades… O velho gorousei que cuidava da parte de defesa se aposentou… EU sou o responsável agora… São Privilege… E eu EXIJO ORDEM… Vocês iludem nossos jovens com falsas declarações, os fazem acreditar que nós somos a escória, mas aí mandam eles atacarem as ilhas de seus familiares no lugar de vocês, mandam eles pra morrer moídos pela máquina do governo… VENHAM VOCÊS… MALDITOS PARASITAS, VENHAM VOCÊS…

Faria um tom de voz e gesticulações corporais de impaciente e indignado, como se eu realmente quisesse salvar alguém, como se eu realmente estivesse sendo o bonzinho da situação.

Não fomos atrás de vocês, estaríamos em paz se vocês não atacassem. Mas vocês nos forçam nessa recessão a gastar cada vez mais em verbas defensivas para que vocês não ataquem nossos civis, nossas mulheres e crianças… VOCÊS geram tudo isso… Mas o povo não aguenta mais… NÃO MAIS… Iremos contra atacar… Estou aqui agora abrindo matrícula para a marinha em TODAS as ilhas do governo, você sente que sua ilha sempre é atacada? Não aguenta mais estar sempre sendo uma vítima? Então se aliste, além de ganhar um bom salário para alimentar sua família, será treinado e armado para assim na próxima  vez que seu lar for atacado, você tenha como o defender.

E então faria um careta de ódio e apontaria para as câmeras.

... E quanto a você “dragoa da revolução”... Se você tivesse metade da integridade, honestidade e poder que você canta pro seu grupo que tem, VOCÊ estaria aqui, não esse amontoado de enganados… EU o líder da defesa do governo, estava aqui hoje lutando ao lado dos marinheiros… EU… O vilão… O tirano… Aquele que em suas baboseiras e falácias sou tão ruim, eu estava aqui para salvar a vida dos meus arriscando a minha própria… Onde VOCÊ estava, ein? Comendo bolo? Festa na piscina? VOCÊ deveria estar aqui, morta e afundando na água e não os pais, filhos e irmãos de pessoas de bem que você enganou com suas MENTIRAS…

Daria uma pausa e mudaria meu rosto para uma ternura, uma demonstração de afeto.

Se você está vendo isso e perdeu algo nos ataques, se você está vendo e salvamos vocês nesse ataque, se você está cansado de ser uma vítima… O governo precisa de você… Eu preciso de você… Venha… Será bem recebido…

E então sairia voando rumo ao QG em uma saída dramática, querendo demonstrar minha preocupação e meu charme para instigar as pessoas a gostarem mais de mim e menos dos rebeldes. Obviamente também faria meus nanorrobôs sussurrarem sobre danos e problemas que tiveram graças a brigas e ataques de piratas e rebeldes, para os instigar como se fosse sua própria mente.


Enquanto isso em minha casa, ligaria o transmissor visual para poder ver meu próprio discurso com um sorriso como o de um ator que ganha o oscar, tomando um suco, sentado no meu trono de sombras.

Ahhh… Eu sou bom demais…Kehehehe

Riria baixinho vendo as falas e assistiria a continuação da notícia.

Observei enquanto via o desenrolar a minha frente, mas não conseguia deixar de rir um pouco.

Sério princesinha dragão, às vezes eu quase tenho dó, falei que a crise era causada por vocês ficarem atacando e então vocês metem cenas de crise e uma convocação logo em seguida… Sério? Tirando os viciados nessa cantora, todos os outros estão comendo na palma das minhas mãos e ainda assim quando vocês agem, mesmo sem querer eu ainda estou um passo à frente? De qualquer forma… Essa cantorinha, eu podia deixar la tranquila enquanto era apenas uma amiga de piratas, mas revolucionários é outra questão, terei de mover uns pauzinhos…

Voltando a minha mente em colméia me direcionaria a todos meus clones, agentes e marinheiros das ilhas.

Aqui é o São Privilege, deus da defesa, como puderam ver a tal cantora Uta é aliada dos revolucionários, sendo assim, como o responsável pela defesa do governo, estou proibindo toda a comercialização e utilização de mercadorias delas, assim como qualquer show nas dependências do governo, sob pena de incitação de tumulto… Iremos falar mais disso na missa de hoje… Fora isso, vocês total liberdade de prender e atacar os resistentes, assim como confiscar e queimar as mercadorias, se tiverem qualquer problema, apenas rezem por iluminação ou ajuda e a receberão, perguntas?

Conforme perguntavam, me sentaria mais tranquilo e relaxado enquanto colocaria meus braços ao redor do quadril das garotas e me concentraria em rezas, pedidos e causos, obviamente, se algum infectado por nanorrobôs estivesse em perigo, sussurraria uma promessa de ajuda em troca de uma reza. Tudo enquanto calmamente apertava os corpos de minhas garotas com delicadeza.

Vocês têm algo planejado para hoje?