[Aventura OFF - Rebeldes de Alabasta] Estudos de uma Perita

A equipe da Marinha liderada por Dragão Marinho que atua diretamente em Alabasta

A noite tinha sido relativamente curta na embarcação da Marinha ancorada na cidade de Katorea, no Reino de Alabasta, e Erza já estava de pé, próxima à beira do navio, observando o nascer do Sol que era predominante naquela ilha. Com sua habilidade inata em Haki, ela pode perceber a aproximação do Capitão daquele navio e olhava para o homem por cima do ombro. Entretanto, aquele olhar era momentâneo e passava rapidamente, quando ela voltava a olhar para o horizonte.

O Dragão Marinho parava ao lado da ruiva e mantinha o olhar na mesma direção que ela, dando início a uma conversa. _Como você fazia para ser uma rastreadora tão efetiva quando estava em Shells Town? Ao ouvir, a mulher sorria de canto de boca, sentindo-se reconhecida pelo Capitão. _Eu tenho uma habilidade especial que me permite sentir as coisas à distância e sou perita em procuras também… Esclarecedoras as informações passadas pela ruiva. Embora não fosse possível repassar seu Haki para o Capitão, ao menos não naquele curto período de tempo, ela poderia auxiliar ensinando-lhe a perícia pura e simples.

Técnicas adequadas para se encontrar pessoas e objetos ocultos, através de um treinamento específico para os olhos. A apuração na capacidade de buscas não era muito difícil de se treinar, dali mesmo. Afinal, Erza, na qualidade de instrutora naquela atividade, tinha ciência de praticamente tudo no raio de alcance de seu Kenbunshoku aguçado. Bastava a ela, indicar o que o Dragão Marinho devia procurar na região e deixar que ele tentasse, enquanto ela o guiava durante algum tempo.

Pelo fato de o Capitão ser grande usuário do atributo acrobático, algo básico para aprender aquele tipo de técnica, o trabalho de Erza era bastante facilitado. Ele, por sua vez, logo de início já começava a demonstrar controle sobre aquele treinamento, o que agilizava sua conclusão de maneira especial, talvez até antes de todos acordarem para dar seguimento à missão contra os rebeldes de Alabasta.

A equipe da Marinha liderada por Dragão Marinho que atua diretamente em Alabasta

Colbert já tinha se recolhido aos seus aposentos no navio e observava um baú que tinha trazido do local onde estavam antes de compor a força da tripulação do Dragão Marinho. Sua mente fervilhava de curiosidade para entender mais sobre a estranha fruta que tinha comido há algum tempo. Essa curiosidade advinha da lembrança, ao focar seu olhar no baú, da existência de enciclopédias de estudos dentro do móvel.

_Já que temos até amanhã, por que não? Disse a si mesmo, seguindo a passos curtos até o baú que fora prontamente aberto, relevando a existência de outras obras além daquela que ele pegava para ler. Informações importantes sobre as famigeradas frutas demoníacas não chegavam a ser raras nos livros de estudos. O que se sabia no geral é que se tratavam de frutas misteriosas e especiais capazes de conceder poderes sobre-humanos através da modificação corporal das pessoas que as consumiam.

A classificação também era algo bastante clássico na enciclopédia que tratava, dividindo as Akumas em três espécies, quais sejam: Logia, Zoan e Paramecia. Fraquezas e habilidades decorrentes dessa espécie de ‘arma’ também estavam entre as descrições constantes no livro que o homem lia atentamente. Ele ainda não sabia que a fruta que ingeriu no passado era responsável por aumentar sua capacidade intelectual e o fazer aprender cada vez mais.

Entretanto, a facilidade de armazenar as informações constantes nos textos lidos se destacava em relação a qualquer pessoa que conhecia no mundo, algo que ele descobriria no futuro as razões. Depois de terminar a leitura, deitava-se na cama em seu quarto, olhando para o teto e relembrando as informações guardadas em sua mente com tamanha eficiência.

A história da prodígio da Marinha

Há algum tempo, Erza tinha deixado a base de Shells Town, depois de concluir seus treinamentos com o Dragão Marinho, e partido para uma ilha no North Blue. Em Titsland, ela seguiu diretamente para se apresentar no Quartel General, G-69, sendo cumprimentada por dezenas de homens sempre que cruzava seus caminhos.

Inicialmente, achou estranha aquela situação, mas logo começou a entender que se tratava de um costume bastante arraigado na sociedade local. A situação se repetia desde o porto até o Quartel da Marinha.

Mais tempo do que ela imaginava que gastaria tinha se passado naquele caminho relativamente curto, mas ela acabava de chegar no Quartel General da Marinha na ilha de adoradores de mulheres com seios fartos, sendo recebida pelo chefe daquele quartel com a presença de uma aparente híbrida de demônio com humano, bem mais alta que os humanos comuns.

_Então você é a garota que veio de Shells Town para trabalhar um tempo aqui em Titsland? Questionava o capitão daquele quartel à jovem ruiva, que respondia prontamente, fazendo uma reverência de subordinada. _Sim, Senhor. Vim compor a força militar deste local e estou pronta para servir aos interesses da Marinha sob seu comando. A híbrida de cabelos brancos muxoxava algo e se despedia do comandante, caminhando na direção da qual Erza veio, sem dirigir a palavra à ruiva.

Uma nova aventura começava para Erza Scarlet, agora longe de seu campo de treinamento, onde tinha aprendido diversas habilidades e desenvolvido suas aptidões de combate com a espada que carregava em sua cintura.

A história da prodígio da Marinha

Erza passava os dias a treinar suas capacidades, especialmente voltadas para seu Haki, que tinha aprendido a duras penas em Shells Town, durante todos os exercícios. Seu Haki apenas se desenvolvia com todo o treinamento, haja vista que a ilha de Titsland era bastante tranquila. Os maiores crimes eram dos homens que se recusavam a seguir os costumes regrados da ilha que venerava as mulheres com seios avantajados. Açoites e torturas contra eles era algo que tomava conta do dia da Marinha naquela ilha tomada pelo controle das mulheres do Mar do Norte.

Mas em determinado momento do dia, era comum que os marinheiros daquela base naval na pacata ilha se reunissem para trocar histórias do passado, principalmente aquelas contadas pelo capitão da unidade, que sempre acabava por destacar os atributos femininos de maior incidência no local. Erza, com seu ar sempre intimidador, continuava ali exercendo suas atividades diárias, ganhando mais atenção quando tinha que se dirigir aos “criminosos” que desrespeitaram o costume da ilha, por possuir seios bastante avantajados.

A história da prodígio da Marinha

No entanto, um dia chamou atenção especial da jovem de cabelos escarlates, que foi chamada para cumprir uma missão no ponto mais distante da ilha, se se considerar a base da Marinha. Durante o caminho, Erza observava o ambiente, enquanto andava a passos lentos e constantes.

À medida que ela se aproximava do destino indicado no quartel general, a ruiva começava a notar algumas pessoas, civis, correndo na direção oposta aos gritos. Algo de especial que as pessoas gritavam chamava sua atenção: Monstro. Ao ouvir aquela palavra vinda dos civis, a quem Erza tinha prometido proteção, a espadachim ruiva começou a correr o mais rápido possível.

O senso de urgência da jovem marinheira a fazia ativar sua habilidade em Kenbunshoku e seu senso aguçado naquele sexto sentido para que ela pudesse perceber com maior precisão tudo que acontecia em uma área total de 164 metros a partir dela como centro. Depois de ativar sua habilidade, Erza parava de correr e sentia um arrepio em sua espinha.

Fosse o que tivesse invadido emanava uma aura de terror para quem olhasse ou sentisse sua presença grotesca. A ruiva tremeu um pouco, ante sua inexperiência, cerrando seus punhos e seus olhos, parada ali no caminho por um tempo.

A história da prodígio da Marinha

Mesmo que o terror tivesse tomado conta de Erza, por conta de sua inexperiência, seu senso e dever de justiça falavam mais alto para que ela, reunindo forças em seu corpo, continuasse o caminho na direção do problema sem igual. ”Mas que merda é essa? O que está acontecendo aqui?”

Seguir aquele caminho, apesar das sensações de medo que percorriam seu corpo, era seu dever como marinheira que tinha jurado proteger as terras sob controle do Governo Mundial e o faria independente das consequências sobre si mesma. A ruiva, mudando seu olhar para uma forte determinação, começou a correr na direção oposta daqueles que gritavam ‘monstro’.

Ao chegar à região da praia, pode ver um ser imenso que tinha derrubado diversos marinheiros. O olhar da ruiva mudava completamente para uma tensão, já pronta para o confronto com o saque rápido de sua espada. O monstro também notava a presença da ruiva e a encarava séria.

A história da prodígio da Marinha

_Venha! O convite para o embate era feito diretamente para o monstro marinho que havia invadido a praia de Titsland e, ele, por sua vez, aceitava o desafio, partindo para cima da espadachim escarlate com suas patas gigantes tentando atingi-la. Graças às habilidades decorrentes de seu Haki e de sua destreza, a marinheira conseguia esquivar com saltos e acrobacias.

Escapar dos ataques lentos do monstro do mar não era a maior dificuldade. A parte mais difícil era fazer com que seus ataques de espada rompessem a pele grossa do inimigo. Estavam em um empate técnico, com o ser estranho não conseguindo atingir Erza e ela, por seu turno, não conseguindo cortar o invasor.

Um pouco afastada e com seu Kenbunshoku ativo, observava o invasor daquela ilha e analisava a situação em que se encontrava. ”Algo está errado com essa coisa. A pele dela parece que não é atingida de verdade… Parece que algo a deixa escorregadia e minha espada só passa ao lado…”

Erza sabia que precisava pensar em algo rápido ou aquele combate traria ainda maiores prejuízos para a ilha que tinha o dever de proteger. Respirando fundo, ela saltava para trás, escapando de um novo movimento ofensivo do estranho animal.

A história da prodígio da Marinha

O combate avançava há alguns minutos e os nocauteados pelas ações ofensivas do monstro marinho começavam a despertar do desmaio para assistir a ruiva acertar um corte limpo na lateral do corpanzil do estranho invasor, que urrou em fúria com a ação da marinheira espadachim.

A lâmina da espada de Erza estava, agora, tomada por raios negros decorrentes da força de sua Aura da Vontade. ”Então você sofre com os efeitos da minha habilidade, não é mesmo?” Pensou a mulher de cabelos escarlates, preparando-se para a nova ofensiva do monstro.

Desta vez, o ser marinho atacava com mais ferocidade e buscando atingi-la com mais força. Erza, naturalmente, utilizava toda sua capacidade acrobática para evadir dos pontos em que as garras do monstro eram lançadas. A fúria animalesca podia ser percebida, no entanto, com o grau de destruição aumentado. Ao passar ao lado do oponente, Erza realizava mais alguns cortes, atingindo o monstro mais profundamente.

A história da prodígio da Marinha

A parte estranha de tudo aquilo é que não escorria sangue do monstro do mar, apesar dos ferimentos causados pela espada da Justiça empunhada por Erza, mesmo com a arma estava revestida com a Aura da Vontade decorrente do Haki da ruiva. Apesar de estar em vantagem, posto que ainda não tinha sido atingida pelo monstro, a marinheira sabia que essa vantagem não representava muita coisa. Um simples golpe daquele ser seria catastrófico para uma humana, vide os feridos que ainda se recuperavam lentamente dos golpes sofridos.

A mulher, com a respiração ofegante, olhava profundamente nos olhos do ser marinho à frente, que lhe respondia com rosnados e grunhidos assustadores. Ela, então, segurou sua espada mais uma vez a revestindo com os raios negros criados pela força de sua habilidade. A tensão concentrada em seu olhar era marcante para qualquer um que estivesse acordado no entorno para assistir.

Adicionalmente, de forma imperceptível, Erza cobriria seu braço em que a espada estava com o Busoushoku para aumentar o poder de ataque de sua arma. Para testar o incremento de força de ataque, a mulher aguardava um novo avanço do inimigo para desviar no último momento, com sua velocidade superior à do monstro, saía da área de ataque e cortava a base da pata do inimigo, afastando-se para observar o resultado do ataque.

A história da prodígio da Marinha

Erza semicerrou os olhos, focando-se no ponto de corte na base da pata do estranho invasor e pode notar algo muito estranho em tudo aquilo. ”Mas o que é aquilo?” A revelação de que não se tratava de um ser biológico era impressionante, posto que uma pequena ilha em North Blue ser alvo de algo como aquilo representava que o mundo estava em grandes problemas políticos.

”Agora faz mais sentido tantos marinheiros terem sido derrotados por um monstro do mar… Essa coisa, seja lá o que ela for, não é um ser vivo e natural. Parece ter sido fabricado em laboratório ou em um estaleiro…” Irritada, Erza apertava o cabo de sua espada, voltando a olhar para o ser gigante à sua frente. _Hã?! Questionava-se ao perceber que os olhos do inimigo estavam completamente tomados em vermelho em toda sua extensão.

Olhando mais para cima, a ruiva pode notar que uma imensa rocha estava caindo na direção da ilha, vindo diretamente do céu, como se tivesse sido invocada pelo monstro que enfrentava arduamente. ”Isso é mesmo uma aberração. Não me diga que aquilo é um meteoro que estão lançando aqui…” As pessoas em volta começavam a se levantar para observar o desenrolar da batalha.

Erza, preparava-se para fazer algo contra aquela ofensiva grotesca do invasor, que se mantinha totalmente inerte com a queda da rocha se aproximando, enquanto fechava os olhos por um simples instante. _Mas o que é aquilo?... O que? É uma rocha?... Vai cair sobre a ilha… Não vamos todos morrer!... Não dá para lidar com algo como aquilo… Os murmúrios começavam a tomar o ambiente, tornando a situação mais tensa e alarmante, quando a ruiva teve uma ideia e voltou a abrir os olhos.