Parque Roar - Uma ajuda trovejante

Uma enorme nuvem de tempestade sobrevoava a ilha de Parque Roar, um mar revolto jogava ondas contra a areia e um vento uivante fazia árvores e coqueiros se inclinar.

Um lampejo, um estrondo e diversos raios atingiam a praia formando um grande círculo, vários indivíduos retirados de onde estavam eram agora arremessados contra a areia, eles conseguiram sentir a longa viagem no raio, na realidade, os que estavam feridos não estavam mais, mas todos estavam tremendamente confusos. Principalmente quando notassem as proporções ao seu redor conchas de caramujo na areia com mais de um metro de altura, coqueiros com quase duzentos metros  de altura e se continuassem olhando para trás poderiam ver o esqueleto de um gigante de vinte metros de altura coberto de musgo ao lado de uma máquina que brilhava e tinha plantas cobrindo toda sua extensão.

Ao lado da máquina havia um grande denden que com um KACHA, abria os olhos e dizia:

-Ouvintes detectados, entregando mensagem… PRUPUK…

Fazendo um som estranho a criatura começava a mostrar a imagem de um homem trabalhando com uma máquina que parecia a coberta de plantas, mas parecia nova, quebrada, mas nova e ele dizia:

-Bem, se você está vendo isso, é porque eu morri, vocês provavelmente não sabem o que está acontecendo, mas eu era de uma divisão do governo de pesquisas a muito tempo atrás e eu e meu parceiro o Dr Bigardi  estudávamos a ilha de Parque Roar ou melhor, o que a correnteza entregava dela pra fora da área da ilha, mas nós acabamos desenvolvendo uma forma de transportes seguro usando a própria tempestade estranha que impede de se chegar a ilha. Esse raio que trouxe todos vocês aqui é esse transporte. Sei que parece loucura, no tempo humano fazem cento e cinquenta anos que isso ocorreu, mas preciso que me ajudem, mirei o raio para acertar a base da marinha para trazer vários aqui para isso. Só espero que essa joça acerte a mira, droga de lata quebrada…

Levando a mão a testa o homem suspirava e prosseguia.

-Bem, meu sócio, Dr Bigardi e eu, decidimos trazer nossa família e equipe para a ilha, não para pesquisar, mas para termos um lugar longe do olhos do governo para viver, sabíamos que aqui poderíamos pesquisar e viver sem ser incomodado. Ai ai… Uma utopia não? Sim, eu concordo. Mas era um sonho que parecia possível… E foi durante décadas, até que a filha de BIgardi ficou doente e fraca, o velho enfiou na cabeça que com ela fraca assim o governo poderia aparecer e ela morreria no confronto e como a doença dela era incurável o velho doutor só viu uma opção, poder bélico…Eu não consigo explicar resumidamente as maravilhas dessa ilha, mas ela tem MUITA coisa que pode passar por armamentização e obviamente ninguém concordou com a paranóia do Bigardi, agora ele estava em busca de criar uma arma magnífica para então atacar o governo, muita loucura, mas ele conseguiu me convencer que seria o melhor pro mundo… No entanto a filha dele faleceu tem uma semana e isso mudou MUITO seu ponto de vista, ele não quer livrar o mundo do governo, proteger sua família ou algo assim, ele ficou totalmente louco e agora quer extermínio geral…

O homem esfregou a nuca com com pesar antes de continuar, a máquina à sua frente soltava faíscas.

-O pior é que essa máquina não quer funcionar agora, a tempestade que  a máquina usa de transporte é mantida por cristais no centro da ilha, mas ele está nos impedindo de gerar energia suficiente para ativar a máquina, ele sabe que quero fugir e trazer gente para parar ele, por isso ele matou todo mundo que se opunha a ele e bloqueou o uso dos raios, tentarei sair usando a máquina o quanto der, mas se me acharem antes fiz com que a máquina chamasse um grande montante de marinheiros de marineford assim que os raios se ligarem de novo. Bem, funcionaria perfeitamente se ele não tivesse esmagado a máquina. Há a possibilidade da máquina vir a chamar pessoas que não tem nada a ver com isso, então se quiserem ir embora eu entenderei, peguem um dos cristais, quebrem eles a seus pés e a energia resultante vai os levar de volta para onde vieram. Mas eu dou um aviso e faço um pedido, até uma oferta, não me importa o que você gosta na sua vida você vai achar lá dentro ou o Bigardi vai destruir se sair daqui. Então caso todas as riquezas dessa ilha não forem de seu interesse, nem a glória de um oponente forte ou a fama de salvar o mundo… Saiba que seja lá o que você gostar, não vai existir mais quando ele for atrás de você… E ele vai… Enfim, espero poder explicar isso ao vivo ao invés de precisar da gravação, mas essa “joça” não está querendo ajudar… Funciona caralho.

Então na cena, seres que só podiam ser dinossauros cercavam o homem e o atacavam logo antes da gravação acabar em um “KACHA”. E o den den mushi completava… “Mensagem entregue de um ano e três meses atrás, gostaria de ouvir de novo?”.

A praia que o grupo se encontrava tinha seus enormes coqueiros, a esquerda haviam rochedos onde poderiam avistar siris de  de quase dois metros de altura, a frente deles após os coqueiros uma floresta de coníferas de mais de quinhentos metros de altura se prolongava a perder de vista e continuava a direita deles onde havia um rio muito largo, talvez um quilômetro de margem a margem, com um ponte velha sobre a água e do outro lado poderiam ver uma imagem que impressionaria provavelmente até os maiores do grupo. Um braquiossauro de duzentos e cinquenta metros de altura se erguia em duas patas para comer folhas do topo das árvores.

Todos ali com conhecimento em herbologia  ou botânica saberiam que toda a mata era de plantas extintas a muito tempo. Todos com zoologia sabiam que as conchas e siris também eram muito extintas, mas ao mesmo tempo era tudo gigantescamente maior que os fósseis.

Alguma coisa parecia errado naquele lugar, o jovem Kuchiki não sabia o que estaria acontecendo que foi puxado rápido para outro lugar, não aonde que estava que era num lugar perto de um bar que estava aproveitando.

Pensou naquilo como uma opção para treinar e se exercitar, mas logo via que não estaria sozinho e viria várias pessoas no mesmo lugar que ele, principalmente alguns gigantes. Olharia para os lados e para sua segurança pegaria um pedaço de cristal que poderia ser sua salvação se caso precisasse, guardaria bem para não quebrar e lembraria que podia colocar em alguma parte do seu corpo para proteger de se quebrar.

"Acho que minha única chance é conseguir trabalhar em equipe com esse pessoal para sairmos logo daqui, aonde quer que seja." Pensaria consigo mesmo, logo que caminharia próximo do grupo.

- Me chamo Rayleigh, sou cozinheiro e sou de North Blue. Se caso precisarem de comida é só caçar e mandar para cá que eu cozinho de boa, só preciso de fogo. Falaria para os outros se apresentando para todos, esperando que os outros fizessem o mesmo para se conhecerem.

Depois que se apresentasse olharia para os lados para verem suas melhores opções para escapar daquilo ou tentar fazer algo para não ficarem apenas ali perto da praia. Ainda mais com uma imagem gigante de um animal desconhecido que estava depois da ponte.

Como um afogado que procurava vividamente por um gole de ar, procurei Vole como se minha vida dependesse disso, meu coração estava aflito, ainda que minha expressão irritantemente não pudesse demonstrar completamente o quanto eu estava preocupada, algo completamente fora de toda e qualquer explicação ocorreu, o modo como aquilo acontecia era estonteante.

Olhei ao meu redor, plenamente confusa pela falta de explicação racional para que eu estivesse neste novo lugar, como estava aos céus, diminui a minha altura, com um flutuar leve enquanto com os olhos procurei por Chris, podia ser ilógico mas mesmo racional, meu coração ainda era de uma donzela. Quando a tivesse encontrado eu acelerei em ir até ela e então busquei lhe dar um abraço apertado, enquanto ouvia a transmissão, apesar de minha altura e o tornear de meus músculos naquela situação perante a rosada não era menos vulnerável do que qualquer filhote que reencontrava a sua casa.

-M-Meu coração esta completo com você agora… Foi uma batalha árdua mas vencem-… eu teria dito notando o improvável, como é que aquela criatura estava aqui novamente? Isso era completamente ilógico… Balancei a cabeça e foquei na paz que meu coração recebia pelas palavras de Chris com um sorriso enquanto dizia - A minha cabeça é boa pra essas coisas. Era o modo como eu conseguia reagir e tentar assegurá-la, eu não tinha muito jeito com as palavras mas tinha um sentimento sincero.

Ver que a ameaça estava lá novamente me deu uma certa apreensão, a falta de lógica que havia naquele ambiente era pertubador mas nem tudo era organizado como páginas de um livro. Prestrei atenção na mensagem e ao fim da mensagem eu teria a deixado sair de meus braços se assim quisesse enquanto comecei a prestar atenção nas pessoas que haviam ao nosso redor, ao ambiente que tínhamos e qual era o foco da missão havia ali algo que eu ambicionava também, então era um lugar que eu poderia aprender..

- Ambiente hostil… Pessoas que não se conhecem… O monstro vermelho é um perigo até mesmo para si? Comecei a pensar, levando ambas as mãos para dentro dos bolsos, enquanto continuei a pensar um pouquinho o motivo de eu colocar a mão nos bolsos era pra que eu pudesse transformá-las em Shirai Ryu, como eram luvas muito bem poderia ter soado como se eu apenas as tivesse vestido a um observador atento.

- Tsc isso vai ser problemático… Lidar com pessoas é difícil… Este lugar deve estar cheio de armadilhas, apesar de ser uma utopia se há essas criaturas gigantes, mesmo outros seres enormes com essa tecnologia precisavam de alguma proteção. Procurei por detalhes enquanto me afastei das figurar gigantes que julguei mais problemáticas, olhando para o equipamento, para o corpo que lá havia busquei por possíveis sinais que pudessem indicar uma boa direção para que nós pudessemos seguir. - Precisamos reunir as pessoas, logo vai escurecer e vamos precisar de pelo menos improvisar um abrigo, água, comida e um teto são essenciais… Porém, evitar que entremos em conflito é ainda mais. eu teria dito a minha fofucha com alguma dificuldade em organizar os multiplos pensamentos.

Quando relevante eu teria dito - Eu já derrubei essa criatura vermelha gigante… Na situação em que estamos lutar entre nós só vai nos levar a morte… Afinal… Ele é pequeno perto de tudo que temos pela frente, basta não ficarmos juntos…

Se houvesse a possibilidade de eu questionar e organizar um pouco mais a situação- Há mais alguém que entenda de tecnologia que possa me ajudar a reunir informação? Eu começaria a fazer uma pesquisa por entre as coisas e informações deixadas mais uma vez mas, não antes de procurar por armadilhas ou algo assim similar, meus pés ainda não teriam tocado o chão desde que cheguei. Estava atenta a qualquer possível ameaça que pudesse vir por meio de ações fosse a mim ou a Chris, eu poderia ter usado da liberação de barreira de vento para me proteger ou a proteger de qualquer coisa que viesse em nossa direção, se o gigante se focasse nas criaturas maiores do que ele, eu é que não insistiria para corrermos atrás, a seleção natural também preda aqueles enormes. Com isso em uma possibilidade de ele cair contra mim ou contra Chris eu também teria usado de minha ( aceleração 2) para nos levar para longe da área de impacto, usando de ambos os braços para a segurar e aguentando o impacto em meus seios de modo a amortecer para ela, ainda que isso pudesse me deixar sem ar depois.

- "Hmmm… Estamos sem leit-..." - Muitas perguntas se passavam pela minha cabeça no momento. Num instante estava vendo minha geladeira, e no outro atingido por um raio. Não sabia ao certo se ficava aliviado por não ter morrido, ou me preocupava ainda por estar vivo nessa situação, nunca havia passado por nada parecido, e uma "viagem" dessas estava totalmente fora dos planos. Como uma fagulha, aparecia novamente em terra, agora no que aparentava ser uma praia, mas com certeza não era de Cocoyashi. - "Quem são essas pessoas? Porra, tudo aqui é gigante, estou rodeado por…" - Ainda confuso, dava uma olhada melhor em todos presentes e nas sua características, completando meu raciocínio. - "Rodeado de animais, numa ilha potencialmente mortal, sem ninguém que eu conheça para ajudar… Belo dia…" - Lamentava a situação, voltando minha atenção para o vídeo que começava.

- Interessante… - Deixava soar bem baixo, o vídeo foi cirúrgico para esse começo na ilha, diria até que foi perfeito. Já tínhamos as informações gerais, e pelo visto todos também já tinham notado os riscos do local, por isso precisava começar a agir de acordo. Rodeava o lugar com meus olhos em busca de informações úteis (Teste de Procura), buscando tentar perceber tanto coisas que poderiam vir a nos ajudar quanto possíveis pontos onde a desgraça estaria mais favorável. Todos começaram a agir de forma rápida, alguns mais casualmente do que outros, sem falar nos macacos evoluídos… Não achei que fosse precisar separar os animais dos animais sem cérebro, mas pelo visto nem nisso o tipo deles se ajuda… - "Pobre dinossauro…" - A princípio buscava me afastar da confusão que o gigante vermelho estava começando, me concentrando mais no grupo de pessoas e animais ainda racionais. - "Ter que depender dessa gente… Bom, se eles são os mais capacitados, fico feliz que morram em prol do meu sucesso." - Olhava o restante do grupo com um desdém, claro, não passava a mesma intenção, sabia que me complicar com eles era burrice. Guardava o cristal de fuga em meu bolso e continuava observando suas ações e falas, esperando uma oportunidade.

- Err… Prazer, me chamo Sora, eu na verdade não sei muito bem o que faço aqui, mas se fui escolhido, eles deviam saber de minhas habilidades… - Precisava fazer o discurso soar verdadeiro, de fato era, talvez houvesse uma ou outra inverdades, mas não estava mentindo. - Peço desculpas a minha ignorância, mas eu temo não poder ajudá-los muito, pelo menos não por enquanto. Sou apenas um civil, sem nenhum treinamento especial, contudo, eu descobri habilidades recentemente que podem nos ajudar. - Falaria do começo ao fim com um tom de insegurança e um certo nervosismo, além da postura desajeitada. Não buscava mostrar confiança, mas buscava que acreditassem em mim. - Não posso afirmar com 100% de certeza, mas sei que às vezes consigo controlar as pessoas. Eu nunca testei com bichos e muito menos dinossauros, mas tenho certeza que funciona em pessoas. Tentarei ajudar todos na medida do possível. - Encerrava minhas falas buscando recobrar um pouco a postura e melhorando a entonação de minha voz, como se estivesse criando coragem para algo que era muito maior do que poderia. Podem achar o que quiserem, mas terão certeza de que não menti, na verdade, estou contando com isso.