i̶n̶JUSTIÇA E d̶e̶s̶HONRA

Privilege estava certo, um tenryuubito teria tudo o que deseja com um simples estalar de dedos, mas havia algo que mesmo entre os tenryuubitos não era comentado para pessoas comuns. Eles sempre tinham um único filho, pois consideravam o segundo uma falha , um ser que pegou todas as imperfeições do primeiro filho e com isso são sempre descartados. A Lenore mais sádica se aproximou de Deep dando um sorriso para o mesmo  — Eu sou ela... só que melhor — Leone falou de forma ríspida puxando a corrente que prendia a outra, que por conta do solavanco acabou perdendo o equilíbrio e caindo no chão — 5 segundos... cinco segundos de diferença entre nós duas me fez ser descartada pela minha família! — sua voz era alta, em tom dominante, a outra apenas se retraia.

— Meu nome é Lenora, Leone é minha irmã mais velha... a perfeita subimissa a família... A mulher que verdadeiramente iria casar com você... — ela soltou as informações deixando um total de zero pessoas chocadas, ou não — Mas por conta de tudo que ocorreu em sua família, eles apagaram essa informação dos registros, mas eu fiz um favorzinho... — ela começou a puxar a corrente para deixar a irmã mais perto de Deep. Era notável para o agente que a verdadeira Leone tinha interesse em sua beleza, bem como a marinheira mais cedo havia reagido ao mesmo — Não percebe como ela está verdadeiramente apaixonada por você, só de te olhar? há patética — Ela respondeu calmamente e logo deu o espaço para que o agente falasse. Era claro que seu movimento poderia dar certas dúvidas e que ninguém entenderia, mas ainda sim sorriu ante a afronta do mesmo — Governo? mesmo que eu não esteja lá é cima, é só agir da forma certa que eu me passo por Leone sem problemas e ela... ela nunca iria contra mim, até porque eu estou dando a ela o que ela quer. —

Leone, por sua vez, tentou se levantar a fim de se aproximar um pouco de Deep, ela tinha o toque suave e mesmo com seu corpo desmontado, era possivel pelo toque em seu peito de metal que seu toque era suave e delicado, como se pedisse ajuda e ao mesmo tempo desejasse ajudar o mesmo —M...Me p...Perdoe, senhor Privilege... — a garota falava timidamente com o rosto bem proximo ao dele —Eu o vi em algumas fotos e ia pedir para que fosse remanejado para mim... mas ela achou tudo antes e ...  aqui estamos... me perdoe.—



—Leone—
— Lenora —

 A conversa outrora desvantajoso, agora parecia tomar novos rumos de ação. Lenora tinha antes em suas mãos os dois, entretanto revelando a verdade sobre sua irmã e seus sentimentos, havia perdido parte de seu jogo. Era notável para o agente que Lenora estava perdendo o senso de direção daquele joguinho de xadrez; Leone por outro lado parecia ainda mais admirada com a inteligência do ciborgue, deixando isso claro em seu suave toque sob o peito do mesmo — Não preciso de mais nada se tiver você — sua voz era doce e completamente submissa, dava para perceber a enorme lavagem cerebral feita com a garota.

Enquanto falavam, era possível sentir a enorme embarcação se mover de forma irregular, (caso tenha perícia condução/ navegação - pode considerar) era como se o navio estivesse desviando de algo enorme, de forma abruptamente anormal.

Ambas as garotas acabaram por se desequilibrar e uma voz metálica ecoava pela embarcação dizendo que algo estava vindo. Lenora correu, ignorando completamente o resto do argumento do agente, já Leone, aproveitando da distância da irmã começou a se mover em direção as partes do corpo do agente —Você...promete prender ela?— perguntou a mesma em tom baixo — Não a quero morta... Muito menos tendo uma parte sua perto dela... Mas quero que sofra o que eu sofri...— Suas palavras eram mais frias do que antes, não havia qualquer remorso nas mesmas.

Uma sirene começou a tocar alto... Luzes acendiam e apagavam por todo o navio, como se indicassem que algo perigoso estava se aproximando —Você pode fazer isso por mim, Deep?— foi a primeira vez que o homem ouvirá seu nome ser pronunciado com tanta luxúria e prazer juntos. A voz de Leone parecia ser sussurrada ao lado de seu ouvido, mesmo ela estando longe. Ela parou perto dos braços do ciborgue esperando pacientemente sua resposta, sendo positiva ou não, pois ela já esperaria qualquer negativa, a mulher começava com velocidade a soltar cada uma das partes do mesmo e a trazer para perto do mesmo —O que eu posso fazer mais pra ajudar... Eu não sei mexer nisso...—


—Leone—
— Lenora —

 De um rosto triste e sem o menor remorso, Leone se tornou sorridente. Era claro para o ciborgue que a mulher não mediria qualquer esforço para agradar aquele a quem ela desejava se submeter. Era quase doentio aquele modo de agir, mas talvez em seu âmago, Deep gostasse de ser tratado como um Deus, o tratamento que deveria ter recebido desde sempre por todos a sua volta.

Sem demora, a mulher buscou uma pequena chave e soltou o Agente, que sem muita demora, ganhou novos membros feitos de um material negro quase translúcido. Pareciam frágeis, mas deram a sustentação que o mesmo precisava enquanto sem suas partes cibernéticas —Que coisinha interessante...— ela soltou enquanto um novo choque atingia o navio fazendo as sirenes ficarem ainda mais altas.   Leone guiou ambos para onde sua irmã poderia estar. Na sala de navegação, existiam muitos equipamentos tecnológicos, além de alguns den den mushis que tocavam desordenadamente, piorando assim a poluição sonora do local.

Era visível para Privilege que Lenora estaba irritada. Frente ao navio, um ser ainda desconhecido batia contra o navio repetidas vezes, como se desejasse destruir aquilo e a ilha onde estava — Que porra de criatura e essa! — a morena gritava, mas logo seu radar tocava mostrando a aproximação de outros quatro elementos — PORRA! PORQUE AGORA! — Ela esbravejava com ódio ela socava os aparelhos.

Deep conseguia sentir melhor a presença de seus "bichinhos" agora que podia ver melhor toda a situação. Enquanto movia-se, a estranha e não identificada criatura, batia em tudo que movia-se dentro d'água.

— Porra... Ok...ok... Você e nossa única chance de sair vivos Privilege. — ela falava claramente nervosa — Você mata o que quer que seja aquilo e me deixa sair livre, e eu não faço a cabecinha da minha irmã explodir — claramente era mentira. Ela havia observado a aura que o agente emanava e sentia um claro medo do mesmo naquele exato momento.

—Leone—
— Lenora —

 As mulheres nada falavam, uma olhava com pura admiração, a outra com um ódio que não podia ser mensurado em palavras. Sabendo que a irmã não faria, Leone golpeia a mesma por trás, fazendo Lenora cair de joelhos, a soltando de Deep. Em suas mãos uma faca foi logo colocada no pescoço —Ele... mandou implorar— Leone falou de forma mais Ríspida, mas ainda sorrindo.

Sem alternativa, Lenora acabou fazendo o que foi ordenado, mas quase correu para pegar a arma da irmã e se matar.  Sem problemas próximos, Privilege conseguia montar-se com a ajuda de seus "bichinhos" e enfrentar a enorme criatura que ainda se encontrava na água.




—Leone—
— Lenora —

 Sentindo o gosto da derradeira derrota, Lenora acabou cedendo ao golpe da irmã, aquilo mostrou para a morena que mesmo que tentasse por mil anos, não conseguiria chegar aos pés da outra que agora tinha tudo o que desejava e mais.  A outra, com um enorme sorriso nos lábios, parecia aguardar pacientemente o "rei" para sentar-se a seu lado —Nada mais me assusta tendo você comigo— respondeu Leone com um brilho de uma criança nos olhos.

A todo momento, antes audaciosa, agora quieta como uma serva, Lenora apenas olhava para baixo, enquanto sua irmã era cortejada e caia de mais amores por Privilege, mostrando que suas capacidades sedutoras eram ainda mais fortes com alguém que já estava suscetível a isso. De forma mais delicada, Leone sorriu para seu amado —Assim você me deixa completamente mimada... Mas e claro que quero andar nele.— exclamou com doçura indo em direção ao tronos de sombras e sentando-se no colo de Deep.  

Lenora por sua vez, ficou quieta até ser chamada, inicialmente rejeitou o pedido, mas ao sentir o forte aperto dos poderes do ciborgue acabou cedendo e sentando no lado oposto da irmã. Era possível para o ciborgue perceber que Leone era muito mais leve que a irmã, talvez uma subnutrição? Talvez apenas alimentos paupérrimos eram dados a ela? Não saberia a menos que perguntasse, entretanto o peso das damas não era algo que atrapalhasse seus movimentos acima da criatura que parecia mostrar-se muito mais furiosa do que antes.

Porém, ao longe, era possível notar a presença estranha, não antes contabilizada pelo agente; um enorme mini se aproximava dando saltos rápidos no ar, um conhecimento que até então era de dominio apenas da marinha. Leone ficou com o rosto fechado —Que criatura insolente...— comentou referindo-se a Donkey e seus modos de se aproximar do trio que passeava —Antes de ir para aquele muquifo da minha irmã, porque não pegamos mais um brinquedo para meu zoológico, amor?— Porém, antes que pudesse perceber, em sua mente um de seus lacaios alertava sobre problemas. Deep recebia um relatório enorme sobre acontecimentos em Mandacari vis , uma pequena e árida ilha no South BLUE conhecida por ser aliada ao governo.

Em tal relatório aparecia a existência de outra hidra, porém muito menor, e alguns arruaceiros que causavam uma enorme desordem na ilha. Algumas informações que chegavam para ele era sobre uma mulher de seios exageradamente fartos e outras meretrizes realizando atentados ao pudor deixando famílias estrema mente desconfortáveis. Um homem de cabelos vermelhos que parecia controlar as chamas e uma Mink de pele azulada que parecia fazer mágica e esculturas com lava; além de um morador local que parecia ser o "líder" daquele grupo. Tal garoto já teve seu rosto avistado algumas vezes junto a Zuba, o filho do Antigo Yonkou já morto, Subaé.

Em sua mente Deep conseguia receber pequenas imagens e sons do homem que seria o regente do lugar. - Pegue-os e os leve daqui-  ordenou o Coro eu com uma frieza não surpreendente - Diga aos marinheiros para irem a cidade o mais rápido possível, e sem alarde.- o homem continuou e um dos seus puxou um pequeno caracol que logo parecia ter "sinal" de comunicação. -- Eles ainda estão aqui--


—Leone—
— Lenora —