Tempo que vai: Reencontro na cidade do relógio! (+18)

Reencontro na cidade do relógio! - 05

Meu nome é Dice… Morongo Dice!

- Você vai ter que invadir a Sede dos Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários e pegar algumas coisas para a gente… - Falou Montgomery.

- Gyahahaha!! Só isso? vai ser moleza! ~Lá la lá~ Explique-me mais sobre este serviço, e o que eu ganho com tudo isso? - o morcego falou, gesticulando na sua forma híbrida (85% social).

Ao receber o mapa e as devidas instruções, Morongo iria guardar o saquinho com a escuta no bolso interno de suas vestes, e depois iria analizar bem o mapa, a fim de realmente entender as instruções do mesmo e gravar o caminho até a Sede dos Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários.

-Beleza, Roubar um cristal e plantar uma escuta… Isso não é nada para um ASTRO como EU!! - Então ele iria dar um salto, transformando-se na forma morcego - Agora se os senhores me dão licença… E não precisam se preocupar, pois é de noite que os morcegos fazem a festa!

Então o morceguinho sairia voando até a sede dos estivadores, desta vez sem cantarolar ou assobiar, afinal, ele estava tentando ao máximo assemelhar-se a um morcego comum.

Chegando no local, ele iria sobrevoar o mesmo em busca de frestas por onde ele poderia adentrar, mas obviamente, ele também iria espiar as janelas, tentando identificar uma sala vazia, onde por fim entraria. Seja usando o vão dos telhados, alguma janela aberta, ou quem sabe até mesmo uma chaminé que não estivesse soltando fumaça. A todo instante Morongo agiria como se fosse um animal comum (Mas sempre sendo o mais furtivo que conseguisse, ao contrário dos morcegos comuns).

Estando dentro da sede, Morongo voaria para as vigas do teto, ou para o topo de um móvel muito alto, onde iria se pendurar de cabeça para baixo e iria analisar o ambiente.

Ciente de sua missão, ele iria prestar atenção nas conversas dos estivadores a fim de entender melhor a rotina dos mesmos, e até para saber onde havia gente e onde estava vazio. E mais importante ainda, ele iria se basear nas conversas e ordens dos estivadores para conseguir identificar a localização da bendita sala secreta. Para isso, sempre confiaria mais em sua audição do que na sua visão.

Morongo continuaria na sua forma de morcego, mas só voaria se fosse extremamente necessário, e quando não fosse chamar a atenção para si. Ao invés de voar, ele caminharia pelas vigas do telhado, tubulações de ar, ou pelos locais vazios e menos iluminados, buscando sempre manter sua presença oculta.

Se notasse a presença do líder (ou de alguém que esteja indo ao seu encontro), Morongo seguiria o mesmo de longe, e pelo alto. Usando sua audição aguçada para identificar os seus passos.

É provável que não seja nem um pouco fácil entrar na sala secreta, e é provável que a mesma seja muito bem vigiada. Morongo já estava esperando isso, então seria o mais sucinto possível, aproveitando-se do momento mais oportuno para mergulhar voando para dentro da mesma, curvando o voo para o alto para se esconder no teto ou móveis altos do interior da mesma. E então ficaria paradinho, apenas prestando atenção.

Prestaria atenção na conversa de quem estivesse na sala, e aguardaria até o momento em que deixassem a sala vazia novamente. Se neste momento a sua infiltração fosse bem sucedida, ele aproveitaria para apontar sutilmente o microfone para a conversa, afinal, aquela conversa em si já poderia ser importante.

Quando a sala estivesse vazia mais uma vez ele voaria para a mesa e (ainda na forma morcego) iria vasculhar as gavetas em busca do tal diamante. Aproveitaria o momento para esconder o microfone em uma das estatuetinhas da mesa (se houvesse), ou dentro da caneca mais cheia de canetas ou ferramentas. Obviamente, aproveitaria o momento para roubar todo o dinheiro e as jóias que encontrasse para si mesmo, guardando tudo nos bolsos de suas vestes. Quando os bolsos ficassem cheios, guardaria o resto das coisas dentro de sua boca. Depois disso, iria continuar a buscar pelo diamante, caso ele não esteja na mesa.

Se em algum momento ele ouvisse a porta se abrindo, ou alguém se aproximando, ele voltaria a voar para o teto, onde ficaria escondido. Porém, se nesse momento ele já tivesse plantado a escuta e com o diamante em mãos, ele aproveitaria para mergulhar em um voo para fora da sala, indo mais uma vez para um local onde pudesse se esconder.

Mas é claro, se por acaso houvesse alguma saída opcional (frestas do teto, janelas ou tubulações) ele iria optar por escapar por estas.

Ô Festinha Xinfrim…

-Eita que festinha xinfrim… - Ahô resmungou cabisbaixo ao notar a falta de motivação dos presentes. Aquele bando bêbados estava tão sem graça que nem sequer começaram a brigar - Pelos causos que já ouvi, podia dizer qui bares eram mais divertidos…

-Rowraf… - Leif resmungava em resposta.

-É isso mesmo homi, parece qui num tem nada de bom por aqui… ô mulherada, ceis querem fazer algo di bom no resto nessa madrugadona? - o meio-gigante propunha algo um pouco mais prazeroso… se é que tu me entende.

-Isso, isso, nem sei o que romano significa, mas gostei! AaaaHôHoHoHo!!! - Então ele escutou o comentário de Otama vindo de dentro da bolsa - Oxi, Oxi, Oxi!! Quem qui tu chamou de "vagabundo", ein?? Tá tirando uma com a minha cara é, bruaca falante?! - Então ele tomaria a bolsa em suas mãos e encararia a mesma (como se a bolsa fosse viva, afinal, ele não sabia que tinha um tontatta lá dentro) - Você tome tento, viu?! Qui tu pode ter lingua grande mas num é homi pra me peitar!! Olhe qui eu lhe jogo na privada e dou descarga!!!

Em seguida Otama saltou de dentro da bolsa com a mão fechada pronto para dar um soco em Ahô - Oxi?! Um erêzinho?! - Ahô com seu tamanhão se espantou ao ver o sujeito pequenininho, e logo se preparou pra brigar.

-Vo te mostrar com quantos gravetos se faz um ninho, seu vagabundinho!!

Ahô usaria seus antebraços como escudo para se proteger dos golpes do pequeno Otama, gastando 1 VDA para receber 10% do seu poder geral como armadura - vantagem aguente firme (11.530 de corporal + 1.921 de armadura = 13.451)

Em resposta à investida do homenzinho, Ahô começaria a balançar sua clava com a intenção de golpear o mesmo com força total, da mesma maneira que usamos uma raquete elétrica para matar mosquitos - MORRE D’UMA VEZ, DESINFELIZ!! - A intenção dos golpes não era para esmagar o homenzinho, mas sim arremessá-lo em uma parede, mesa, armário ou prateleira de bebidas. (11.530 de corporal)

Se o homenzinho fosse acertado, Ahô agarraria o mesmo, prendendo-o em sua mão - Miseravi… Eu divia era arrancar teu couro, mas tu é tão tiquito qui nem sei se consigo.

Entretanto, se o golpe de Otama fosse potente o suficiente para arremessar Ahô longe, ele se levantaria espantado, mas também admirado pela potência do golpe do homenzinho - Oxi, qui viagem é essa? AaaaHôHoHoHo!! E num é qui o homem formiga é forte mesmo?


Leif, ao ver a confusão instaurada foi cabisbaixo para junto das pernas de Allexa, onde ficou observando tudo com um extremo desgosto. Suas orelhas estavam abaixadas para trás, e seu rabo estava enfiado por entre as pernas… Aqueles eram seus companheiros, e Leif não gostou muito da idéia de lutar contra os mesmos.

Se em algum momento alguém pedisse que o grupo fosse embora do bar, Ahô responderia com extrema rudeza - Vai te catar o mizera!! Eu sou um pirata, e um macho alfa!! Então eu só saio daqui se eu quisé!

Resposta

“O que foi seu Zé Ruela, o que quer comigo?... Eu mandei esse merda matar aquela galinha puta, mas ela bicou ele e fugiu… Se eu soubesse onde aquela vagabunda arrombada está, eu mesmo degolaria aquela puta do caralho, seu merda!!!”

As palavras ditas no outro lado da ligação reverberaram na mente do jovem cangaceiro até então. Ele conhecia sujeitos como aquele, afinal, sua vida havia sido marcada pela crueldade de um coronel tão ordinário quanto aquele sujeito. Subas sabia o tipo de maldade que pessoas assim fazem com pessoas fracas, e ele não poderia deixar que esse ciclo continuasse.


Voavam em alta velocidade - sabe-se lá pra onde - quando o bandido mequetrefe despertou em seu casulo de terra. A resposta do homem foi ordinária, e isso não só enfureceu Subas, mas também fez as veias de Chicó saltarem em sua testa.

- SEU CANALHA!! EU SEI QUE VOCÊ SABE ONDE ELA ESTÁ!!

- Calma Chicó… Eu tive uma ideia melhor!

Usando as suas habilidades, Subas iria identificar onde estava a perna do homem (dentro do casulo) e então cravaria a sua espada no local, perfurando o membro do mesmo - Então quer dizer que tu é da mafia, né? - diria afundando mais um pouco mais a sua espada na perna do mafioso - Se tu não sabe onde a senhorita Enola está, tudo bem… Mas agora cê vai responder: Onde é que teu patrão tá!

Se o homem se opusesse a responder, Subas iria puxar a sua espada e então iria cravar a mesma na outra perna - Responda de uma vez!! Fih de rapariga!! Onde é que eu encontro o mardito que falou comigo no Den Den Mushi? - Arrancaria a espada da perna do homem e então apontaria a mesma para o peito do sujeito - Ou tu me da uma resposta sincera, ou dessa vez eu vou cravar essa peste no teu peito. - (acredito que agora sim é um teste inegável de ameaça)

Obtendo a resposta, Subas iria conduzir o bloco de terra para a Sede Mafiosa o mais rápido possível. Chegando no local, subas iria olhar para a entrada da construção e falaria em tom de deboche com o mafioso dentro do casulo.

- Deixa eu te dizer, que é pra que tu não esqueça nunca mais… Eu não to nem aí pra se você é da máfia ou da marinha, e sabe por que? - Então arremessaria o casulo contra a parede frontal da base mafiosa com o máximo de velocidade e destreza - É PORQUE EU SOU UM CANGACEIRO DOS MARES!! SEU BUCHA!!


Tendo chamado a atenção, Subas iria saltar para o chão, bem na frente da construção.

-Quem é que manda nessa bagaça? To perguntando que é pra cortar o bucho da pessoa certa…

Chicó, por outro lado, ainda iria permanecer no bloco de terra flutuante enquanto observava a situação.

Reencontro na cidade do relógio! - 06

Conflito

O céu noturno era encoberto por uma densa cortina de nuvens, e o silêncio da rua, interrompido pela barulheira feita pelo moleque de rabo peludo que ostentava no topo da cabeça o velho e esfarrapado chapéu de couro.

À medida que as prostitutas e os clientes, tomados pelo medo, irrompiam para fora do estabelecimento em desespero, um feixe de energia pulsou rasgando ao lado de Subas, abrindo um buraco no chão com uma força assustadora. Subas e Chicó se detiveram por um momento, observando o cenário com uma expressão de desdém.


-Co...como assim? Eles não eram amigos? - Subas se perguntou aflito.


-Que tipo de gente faz isso com os próprios companheiros? Será que a máfia é mesmo tão suja assim? - Falou Chicó em resposta, também aflito.

Os jovens não sabiam quem era o inimigo, pois o mesmo ainda não se destacava na multidão e destroços, mas graças àquele primeiro ataque, sabiam muito bem que os métodos do sujeito eram intransponíveis. Sabiam também a direção de onde o primeiro ataque havia vindo, e isso por si só já é uma vantagem.

Não satisfeito com a exposição gratuita do atacante, Subas iria testar mais uma vez a sua nova habilidade de detecção, e ao fechar os olhos iria respirar fundo, sentindo todo o peso exercido por sobre a terra, em uma tentativa de localizar o atacante. (Teste de procura)

Como ele reconheceria? te explico agora… QUando o golpe do oponente foi executado, se ele estivesse sob o chão, Subas iria notar que o ataque veio daquele “peso”, logo, mesmo que não tivesse a menor ideia de qual era a aparência do sujeito, Subas poderia reconhecer a identidade de seu peso, isto é, a influência que o seu peso exerce sobre o chão; Caso conseguisse, iria apontar com o olhar para o local, avisando silenciosamente o seu companheiro Chicó.

Se não conseguisse localizar, apenas iria focar na direção mais óbvia (de onde o ataque veio)


Então avançariam juntos, correndo com a sincronia que apenas a amizade forjada em muitas aventuras e desventuras pode prover. Como se coreografados por uma história compartilhada, cada um seguia um caminho oposto, distanciando-se um do outro em um círculo calculado. Era uma estratégia astuta, pois em um momento preciso do avanço, convergiriam em direção ao adversário, envolvendo-o em um cerco, de maneira que um atacaria-o por de frente e o outro por de trás (ou talvez, um pela direita e o outro pela esquerda).


O ataque de Subas seria totalmente ofensivo, saltando na direção do oponente com duas de suas espadas empunhadas, uma em cada mão. As outras duas estão na boca e no rabo (laele). Em um avanço veloz, ele iria girar horizontalmente ao se aproximar do inimigo, liberando um vórtice cortante com as suas quatro espadas na altura dos ombros do sujeito, visando degolar o mesmo (Subas gasta 1 DVA). Se atacado, iria utilizar suas espadas para bloquear os golpes adversários, mantendo suas lâminas como uma barreira protetora entre ele e o oponente.

Enquanto isso, Chicó adotaria uma abordagem mais calculada. Avançando com sua vara de pesca em mãos, pronto para arremessar o anzol nas mãos ou pernas do inimigo a fim de atrapalhar sua tentativa de resposta ao ataque conjunto. O anzol cortaria o ar antes de se fixar na roupa ou pele do oponente, e então, com um movimento hábil, Chicó puxaria a vara, tentando incapacitar qualquer chance de contra-ataque (Chicó gasta 1 DVA). Se houvesse objetos ou estruturas no ambiente ao redor, Chicó iria se valer deles para auxiliar na esquiva de possíveis ataques, utilizando a vara e o anzol para prender-se em algum lugar alto e puxar-se para fora do perigo iminente.

Ao final do avanço coordenado, se o plano se desenrolasse conforme o esperado, cada um dos combatentes atravessaria o oponente, emergindo do outro lado. O movimento fluido e calculado os levaria a estagnar na posição de cerco planejada, cada um posicionado estrategicamente de um lado do adversário.

Neste momento, Subas iria começar a agitar os seus pés em múltiplos passos velozes, como se estivesse a sambar, e isso faria Chicó soltar um breve sorriso acompanhado de um comentário desaforado que dizia “Cês não são páreos para o Subas Tião, meu capitão”. (Subas gasta 1 DVA e 42 Stamina)





Então, Subas iria saltar mais uma vez com as quatro espadas empunhadas, mas agora com uma velocidade relativamente maior, pois estava sendo o mais rápido que poderia. Assim saltaria de um lado para o outro, de cima para baixo, e até nas diagonais. Em um improviso de direções que arrudeavam o adversário, a fim de deixá-lo cada vez mais confuso.

Simultaneamente, deixaria mais leve, e menos resistentes, os destroços do casulo arremessado anteriormente, fator este que Chicó se beneficiaria muito bem. Pois, ao notar que os casulos afrouxaram sua inércia sob o chão, o pescador iria arremessar seu anzol sob eles, puxando-os para o ar, onde ficariam flutuando até que ele as empurrasse na direção do oponente, chutando-os. (Chicó gasta 2 ou 3 DVA um para cada pedaço)


Subas também iria aproveitar a oportunidade e iria arremessar a pedra que ele estava usando como plataforma durante a viagem na direção do Mafioso, que provavelmente iria tentar esquivar ou bloquear.

Acontece que Chicó iria usar a sua vara para prender o anzol em um de seus pés, que é para que o mesmo se desequilibrasse ao tentar escapar. (Chicó gasta 1 DVA)

E Subas, por sua vez, iria desferir múltiplos cortes aéreos com suas espadas, lançando rajadas de vento cortante na direção da pedra, e por consequência, do oponente. E então, por fim, avançaria por tras dos golpes, afundando sua espada no peito do homem (ou mulher) (Subas gasta 8 DVA+2VDAextra - 1 pra jogar a pedra no cara, 8 cortes de vento e 1 investida)

Infortúnio

-Ô Bixin da Bruaca… Tu é pequeno mas conseguiu me dar um socão… APARTIR DE HOJE OCÊ É MEU RIVAR!! SE PREPARE PRA TOMAR UM SOPAPO NA PRÓXIMA!!

O bar parecia estar cada vez mais vazio, e os proprietários do estabelecimento cada vez menos cordiais. Leif, o lobo robô ficou guloso assim que viu as comidas que deram para Allexa. Então, afoito, ele saltou, ficando de pé. De maneira que ficasse claro o seu desejo por uma boa refeição de fim de noite. Ahô, ao ver o que seria a sua janta, começou a salivar e também foi se servir. Pegou algumas frutas e jogou-as no chão, para Leif. Depois jogou as suas no chão também, colocou-se em uma posição de quatro e começou a comer feito um porco.

-E ai pessoar… nhac… esse lugar ta beem merda né? cês num tão afim de... NHac…dar uma volta e... NHac…explorar essa cidade não?... NHac…

Allexa, Otama e os demais comentam sobre o convite, insinuando sobre um relógio, trens e minhocas de metal.

-Relógio? Trem? o que que é isso? - Ahô perguntou para o lobo metálico, que balançou a cabeça, também em dúvida - Uma minhoca de metal, é? o Chicó vai adorar uma dessas pra usar como isca!! Por falar nisso, cadê ele e o Subinha? Aqueles dois vivem se perdendo né? Bora lá depois de ver a árvore com galhos que giram!!

Empolgado, o meio-gigante continuou a antar para o lado de fora do bar, puxando as garotas pelo braço. Leif, por sua vez, seguia saltitante o seu amigo Ahô. Seguiram para o relógio, a tal árvore de ponteiros giratórios.

Aperreio

Nas sombras do telhado, oculto dos olhos curiosos, Morongo Dice dedicava-se a captar os murmúrios dos empregados e capatazes. Seus passos eram silenciosos, cada movimento calculado em busca daquele diamante. Vasculhou os corredores e os recantos, mas em vão. O que abalou suas esperanças. No entanto, mesmo em meio à frustração, uma determinação silenciosa ardia dentro dele, alimentada pela certeza de que restavam apenas duas portas fechadas, cada uma guardada por um capataz vigilante. Sabia disso, pois, embora seus olhos não vissem direito, sua audição aguçada o guiava.

Acontece que o tempo estava passando, e se ele não se apressasse o dia iria amanhecer logo, o que poderia complicar sua missão. Além disso, ele estava ciente (por conta das fofocas) de que tudo estava um pouco mais fácil por conta da ausência do tal “Chefe”, sendo assim, tinha total saber de que seria melhor para ele mesmo se conseguisse concluir o que veio fazer antes do big boss voltar.

De maneira apressada, mas convicta, ele iria puxar o mapa e iria analisar o mesmo em busca de alguma informação. Talvez o mapa possa responder e sanar a dúvida impertinente do morcego, revelando ao mesmo qual dos dois quartos é onde estava guardado o alvo final de todo aquele proceder. Entretanto, sabemos que estamos falando de um personagem que, mesmo sendo um morcego, não tem visão noturna… na verdade, Morongo Dice quase não tem visão… Sendo assim, Morongo Dice iria realizar sua busca no mapa, mas sem muitas esperanças de sucesso.

Se ele descobrisse a informação no mapa, ele iria diretamente para a porta correta.

Caso não encontre a informação no mapa, ele iria para a porta, dentre as duas opções, que estivesse mais próxima de onde ele estava, afinal, se não se sabe para onde ir, tanto faz para onde se vai.

Independente de qual seja a porta escolhida, a abordagem seria a mesma.E a explicarei com muito gosto, e entusiasmo, nas linhas que estão por vir:

Primeiramente ele daria dois tapinhas em seu rosto antes de entrar em ação. “Vai lá! Morongo" pensou ele “você já tem a língua que todo mundo pediu pra deus… Ai meu deus, que o diabo me ajude”. E voaria um bocado em círculos, para ficar um pouco ofegante.

Então pousaria tranquilamente no chão, transformando-se na forma gorducha, a mistura de morcego e menino, no momento em que seus dedos do pé tocassem o assoalho. A apreensão por estar só em um lugar tão perigoso lhe fazia engolir seco, mas agora já era tarde demais para recuar. Na verdade, recuar não era uma opção, pois o seu nome estava em jogo… Um All Star deve ir com o seu Show até o final; e para o bem ou para o mal, ele agora já sabia muito mais do que gostaria de saber.

Então, evocando toda a urgência que poderia mimetizar, iria entrar na sala (ou bater nela, caso esteja trancada)

-O que você ainda está fazendo aqui? - iria perguntar ofegante, mas sem dar tempo de que o sujeito respondesse, ele iria emendar com outra fala - O “chefe” enfrentou “aquela loira vagabunda” e está ferido!! - Ele sabia que precisava de uma localização que pudesse validar sua história, mas em contrapartida ele não conhecia a cidade (risos) sendo assim ele faria o mais óbvio a se fazer - ELES ESTÃO NO BAR DOS VIAJANTES!! AQUELA ESPELUNCA PERTO DO PORTO! Precisamos reunir o máximo do pessoal e temos que ir pra lá o mais rápido possível! - Se o sujeito (ou mais pessoas) acreditassem na lorota fiada, ele iria continuar a inflamar a peripécia. -Peguem as armas e os melhores médicos, e dirijam-se para lá agora! (Teste de Lábia)

Se em algum momento alguém perguntasse quem era ele, ele diria “Meu nome é Dau D. Ratpenat… Sou sobrinho do filho do irmão do Consigliere do pai do Chefe atual e cheguei esta tarde em Tick Tock… Agora se apressem!!" (Teste de Lábia)

Aproveitando a movimentação, o gorducho iria esgueirar-se entre eles, seguindo-os na mesma direção, mas ao saírem da porta, ele daria meia volta, já se esgueirando para as sombras na forma de um morcego. Obviamente, tomaria todo o cuidado possível para que não notassem o seu sumiço, ou a sua transformação.

Neste momento, iria retornar para a sala e começaria a vasculhar rapidamente por todos os cantos, utilizando o seu tato e sua visão. Simultaneamente soltaria alguns estalos de leve com a língua, para facilitar a ecolocalização característica dos morcegos. (Teste de busca)

Ao ter em posse o diamante, ele teria a certeza de que estava na sala correta. Sendo assim ,não colocaria a escuta por lá, pois certamente iriam vasculhar a mesma de ponta a ponta. Sendo assim, voaria até o assoalho do teto, no corredor, e colocaria a escuta escondida no teto.

Ou seja, se aquela NÃO fosse a sala correta (em que o diamante está) ele iria colocar a escuta embaixo da poltrona(ou sofá, ou cadeira) mais acolchoada do ambiente, escondendo-a nas frestas de seu interior. E só então iria para a outra sala.

Obviamente, ele aproveitaria a oportunidade para roubar qualquer coisa de valor que visse. Dinheiro, jóias, documentos… Assim como iria comer qualquer petisco que estivesse à toa por aí.